sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Mensagem estranha

recebi esta mensagem, nem me apetece falar sobre isso, apenas partilhar:
nr desconhecido : "Olá linda"
eu : "Quem és?"
nr desconhecido: "Olá Ana, sou amigo do Afonso [meu ex ex ex ex namorado com quem nao falo há seculos], ele deu-me o teu numero espero que nao te importes. [ele tem o meu numero?] Não lhe digas que eu te disse que foi ele que me deu o numero! [como é que eu lhe podia dizer se ele n fala comigo há anos??]Vi o teu hi5, és muito bonita gostava de te conhecer melhor. será que posso? [whatever --']"
eu : nao respondi...

De repente..

Eras tu. Eras tu o actor principal dessa peça sem figurantes.
Eras tu a voz altiva e cheia de melodia que enchia aquela sala de lotação esgotada. Eras tu o sentimento de todo aquele argumento. Eras tu, o movimento, a expressão, a vida, a cor, a morte, o sorriso e a lágrima.
Mas sem ninguém entender porquê perdeste o teu talento. Já não eras mais o dono de todo aquele majestoso teatro, agora actuavas em pequenas salas para grupos de miudos à descoberta do seu talento. Foi numa dessas salas que te conheci e que tu me disseste: "Um dia vais estar naquele palco, naquele magnifico palco, onde tantos outros sonharam estar!" disse-te que eras louco, que jamais seria capaz, sempre soube que aquele era o teu lugar.
Hoje, anos depois eu conto esta historia a quem a quiser conhecer. Agora posso dizer, eu já pisei aquele palco. Eu já senti toda a adrenalina e melancolia que tu me tentavas descrever mas que nem as palavras de um actor eram suficientes para eu conseguir entender.
Como foi bom estar lá, como me senti brilhar naquela mistura de luzes e cor. Como estava triste e aquilo me elevou ao meu estado mais puro de satisfação. Disse tudo o que o texto mandava, dramatizei como tu me havias dito que eu deveria dramatizar, projectei a minha voz até ao ultimo segundo, respirei e não foi pelo peito.
No fim de tudo chegou o vazio. O descer da cortina, a confusão de aplausos e os assobios, as pessoas de pé, o sorriso de todo o elenco, e tu.... Tu que não estavas lá.

sábado, 21 de novembro de 2009

Question of love.

Era uma noite de frio, chuva, já passava da uma e eu não conseguia dormir. Estava a pensar nele.
Que raio me deu agora? Apaizonar-me? Com 20 anos e a sentir borboletas no estomago? Ficar corada quando ele olha para mim? Desejar, secretamente com todas as minhas forças, que ele olhe para mim? Ai... Quem me dera estar abraçada a ele, ouvir a voz dele no meu ouvido e sentir a sua respiração no meu pescoço...
Mas para quê?
Para voltar a sofrer, para me magoar, mais uma vez?
Prefiro não lhe contar nada. Talvez ele nunca repare.
Afinal de contas ele já disse vezes suficientes coisas que me fazem pensar que nunca na vida ele vai olhar para mim. Onde é que eu estava com a cabeça?
Eu nunca devia ter deixado isto acontecer. Devia-me ter afastado quando achei que ele captava a minha atenção.
Agora já não há nada a fazer! Agora ele entra no café e eu sinto o perfume dele à distância e todo o meu batimento cardíaco se altera! Agora ele olha para mim e eu fico a espera das suas palavras como quem está perdido á espera de uma direcção! Não aguento não o ver... Parece que me falta o ar para respirar! Que estupidez! Isto não me devia acontecer.
Ele nunca vai querer nada comigo. Ele nunca vai olhar para mim como eu olho para ele!
Ele abraça-me, brinca comigo, dá-me mimos ... mas no fundo eu sei que sou só uma amiga.
Gostava de o ter aqui, apenas a passar-me a mão no cabelo, como ele faz por vezes sem se aperceber, mas eu sei que não posso, aquele amor pertence a outra pessoa.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Amanha.

Sou uma pessoa, que como tantas outras, passou por momentos "menos bons". Infelizmente com isso comecei a deixar tudo para "amanha". Tentava sempre enfrentar os meus problemas sempre no dia a seguir. Tentava sempre deixar para depois conversas que sei que iriam ter consequências graves. Evitava sempre encarar os meus medos e as pessoas que os haviam provocado. Mas o "amanha" nunca chegava. O amanha é sempre o dia a seguir ao presente. Hoje, depois de uma conversa já acompanhada por uns copos a mais... pensei assim: "Não, eu não quero amanha! Eu quero Hoje!"
Eu quero ser feliz hoje! Eu quero me divertir hoje! Eu quero encontrar pessoas divertidas hoje! Eu quero enfrentar hoje os meus medos! Eu quero ver e sentir hoje! Porque não interessa o que eu vou fazer amanha, interessa o que eu faço hoje!
A todos aqueles que esperavam me ver cair de novo num poço, temos pena, eu hoje encontrei uma escada, e afinal o poço tinha o fundo bem baixinho! Sou forte, e vou viver hoje!