sábado, 19 de dezembro de 2009

estranhamente entranha-se

O dia estava a ser péssimo. Estava frio, as aulas tinham sido até muito tarde, o meu carro tinha ficado longe da universidade e os meus pés doíam imenso. Queria vestir muita roupa mas sei que depois nem me ia mexer, queria ligar o ar quente do carro mas a distância era curta não valia a pena porque depois não ia querer sair dali. Fui a bater o dente até casa, as pernas tremiam tanto que nem me senti-a bem a conduzir assim...
A minha chaves da garagem mais uma vez decidiu empenar ... Tive de entrar no prédio pela rua...procurava a chaves no meio da bolsa e só conseguia pensar no frio que estava! que gelo!!!
Entrei, nem vi quem estava em minha casa, fui a correr para o meu quarto liguei o aquecedor tirei a roupa gelada vesti o pijama e as meias grossas, deitei-me na cama e cobri-me com toda a roupa!! Acabei por adormecer. Acordei pouco depois com o meu irmão a fazer barulho... Tinha dormido uns 15 minutos não devia ser mais que isso. Agora estava bem quentinha, talvez até demais...
Já há uns dias que nao me sentia lá muito bem e hoje estava ainda pior... Levei a mão à testa, não estava muito quente mas também, eu tinha as mãos a arder coisa que é impossível em mim. Tentei-me levantar, deu-me uma tontura horrível. Chamei então a minha mãe e pedi-lhe o termómetro.
-O que tens?
- Não sei, doi-me a garganta e o corpo...
- Vê se tens febre...
- Acho que não mas deixa ver...
Passado uns minutinhos lá apitou e 38,7. Estava mesmo com febre. Tomei um comprimido e pus-me a ver o ultimo episódio de Merlin que ainda não tinha visto...
Foi quando o msn fez aquele barulho de que alguem tinha entrado, lembrei-me que nao tinha posto "ocupado" e lá fui. Quando abri o msn alguém veio falar comigo. Não era um alguém qualquer, era ele e todo muito simpático... estranho, depois de quase um ano sem o ver no MSN ele lá estava a perguntar-me coisas da vida e cheio de amizade... pareceu até me ter passado a febre mas foi só ilusão. Naquele entusiasmo de falar com ele até me esqueci de Merlin. No entretanto tudo acabou quando a decoradora me veio trocar o colchão e eu tive de sair do quarto para ir ajuda-la. Quando cheguei... ele ja nao estava no MSN e eu continuava com febre. Que ódio.
Logo hoje tinha de acontecer tudo ao mesmo tempo?
Detesto dias assim!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O toque de magia.

Sentei-me, deitei-me, contei carneirinhos e ovelhinas e coisinhas que são suposto adormecer e o sono não vinha.
Fechei os olhos, meti a múscia no ipod num volume quase imperceptível e fechei os olhos.
De repente vi toda a minha vida passar-me a frente como um sonho... A inocência de quando era criança... A dificuldade de aceitar a irmã mais nova e a escola... A adolescente revoltada que fui... O primeiro namorado... A primeira saída à noite... A primeira borracheira... O primeiro amor... A primeira vez... A perda do melhor amigo... O vazio constante... A dor da depressão... Começaram as lágrimas a cair...
Senti uma mão a limpar-me os olhos, abri-os de imediato! Quem estava no meu quarto? Como é q não me apercebi? Deitei a mão ao interruptor e acendi!
Era ele...
- Como é que estas aqui?
- Desculpa eu nao te queria assustar!
- Tas a brincar? (não consegui escolher o meu contentamento, eu era e sou totalmente apaixonada por ele) Mas diz-me como é que entras-te?
- A tua irma ajudou-me, eu liguei-lhe e ela abriu a porta!
- Tiveste sorte que os meus pais hoje não estão cá.
- Pois, se eles cá estivessem era bem mais complicado de te vir dizer o quanto eu preciso de ti!
- Espera... tu ? de mim? tu tás-me sempre a ignorar... tu fazes questão de dizer ao mundo que eu sou a rapariga mais insignificante para ti... Que queres tu agora?
- Quero que me digas se o que sentes por mim ainda é o mesmo!
- Porque? Para que? Para brincares mais uma vez comigo às casinhas?
- Não, para que possamos ser felizes... Por favor diz-me...
Num inpulso saltei da cama com o coração a mil, olhei para o relogio era 3h42 e eu tinha tido um sonho... Aquilo que parecia tão real não passava de um sonho com aquele rapaz que eu tanto amo e qcom quem já há muito tempo conseguia não sonhar...
Mas um dia eu digo-te o quanto gostei de ti.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

amor que eu não conheço

estar apaixonada ou amar alguém é coisinha que não faço à muito tempo. Deixei-me disso depois da ultima vez. Contudo, nao deixo de ser mulher, de ter em mim um desejo enorme.
Foi assim que ele surgiu, era bonito, engraçado e sabia como chamar a minha atenção. Trocamos algumas palavras, tocamo-nos sem nos apercebermos ate que as nossas costas se arrepiavam e os nossos olhares eram de cumplicidade e desejo.
Ao ritmo de uma musica qualquer, nem a mim me interessa qual, passei perto dele e num desiquilibrio tocamos as nossas mãos, quando reparei estavamos já a dançar bem agarrados.
O perfume dele, combinava com toda aquela postura e aquele charme. Ele é grande, bonito, corpo definido, olhos claros, moreno...completamente desejável! Senti as mãos dele tocarem as minhas costas cada vez mais forte a apertar-me contra o seu peito, num impulso levantei a cabeça e beijamo-nos. Os seus lábios encaixavaam nos meus comose fosse combinado. Eu desejei-o, e ele desejou-me também. Depois disso... mais ninguém nos viu.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Lado C

Hoje observei coisas normais do dia a dia de uma forma diferente.

Tudo começou quando vi um homem a entrar em casa as 9 da manha e imaginei a montanha de coisas que faziam com que aquele homem entrasse em casa aquela hora. Teria saido a noite? Teria ido trabalhar? Ter-se-ia simplesmente posto a pé mais cedo pra ir resolver algum assunto? Teria simplesmente ido ao carro estacionado em frente a casa?

Olhei para o lado e vi uma rapariga a bocejar. Acabou de sair da cama ou ainda nem lá foi?

Tinha o caderno pousado nas pernas cruzadas á chinês quando um senhor que corria velozmente sem querer me bateu com a pasta no caderno fazendo-o ir parar ao chão. Não me pediu desculpa. Será que nem reparou ou é simplesmente mal-educado? Ia com pressa de chegar ou vontade de sair? Ia apanhar o autocarro ou tinha simplesmente o seu Mercedes em segunda fila? Enquanto pensava nisto vi uma mãe com um bebé ao colo, abanava-o sucessivamente de um lado para o outro! O bebé chorava. De que choraria ele? De fome? De dores? De sono? Pelo que esperava aquela mãe para fazer alguma coisa? Não sabia? Não seria a mãe? Estava simplesmente desinteressada nos motivos? Não conseguia ver a cara dela mas vi que o abanar já não era por preocupação, era repetitivo simplesmente. Aquela situação tirou-me um bocado do serio admito. Cheguei-me perto do bebé e comecei-me a rir para ele, amarrei-lhe a mão que esticava para mim com toda a força e riu-se. Aí o telemóvel da “senhora” tocou e eu por boa educação afastei-me. Entrou num carro e foi embora.

Decidi também eu ir dar uma volta. Vi um casal de namorados. Sentados num banco de jardim ela deitava a cabeça no colo dele e ele acariciava-lhe o cabelo. Quando me aproximei vi que ela estava a chorar, eram lágrimas lentas que lhe caiam dos olhos. Porque choraria ela? Ter-se-ia chateado com ele antes de eu chegar? Alguma má noticia? Ou estaria simplesmente a chorar de alegria por estar junto de quem ama? Não consegui captar nada mais pelas expressões deles naquele momento.

Sentei-me num café à espera de uma amiga e ao meu lado um rapaz no seu portátil escrevia no MSN enquanto esboçava sorrisos envergonhados. Estaria a bater o coro a alguém? Estava a contar piadas mas tinha vergonha de se rir no café? Estaria a falar intimamente com a namorada que o levasse a tal bochecha corada? Sei que também eu me ri ao constatar as diversas barbaridades que iam na minha cabeça!



sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Mensagem estranha

recebi esta mensagem, nem me apetece falar sobre isso, apenas partilhar:
nr desconhecido : "Olá linda"
eu : "Quem és?"
nr desconhecido: "Olá Ana, sou amigo do Afonso [meu ex ex ex ex namorado com quem nao falo há seculos], ele deu-me o teu numero espero que nao te importes. [ele tem o meu numero?] Não lhe digas que eu te disse que foi ele que me deu o numero! [como é que eu lhe podia dizer se ele n fala comigo há anos??]Vi o teu hi5, és muito bonita gostava de te conhecer melhor. será que posso? [whatever --']"
eu : nao respondi...

De repente..

Eras tu. Eras tu o actor principal dessa peça sem figurantes.
Eras tu a voz altiva e cheia de melodia que enchia aquela sala de lotação esgotada. Eras tu o sentimento de todo aquele argumento. Eras tu, o movimento, a expressão, a vida, a cor, a morte, o sorriso e a lágrima.
Mas sem ninguém entender porquê perdeste o teu talento. Já não eras mais o dono de todo aquele majestoso teatro, agora actuavas em pequenas salas para grupos de miudos à descoberta do seu talento. Foi numa dessas salas que te conheci e que tu me disseste: "Um dia vais estar naquele palco, naquele magnifico palco, onde tantos outros sonharam estar!" disse-te que eras louco, que jamais seria capaz, sempre soube que aquele era o teu lugar.
Hoje, anos depois eu conto esta historia a quem a quiser conhecer. Agora posso dizer, eu já pisei aquele palco. Eu já senti toda a adrenalina e melancolia que tu me tentavas descrever mas que nem as palavras de um actor eram suficientes para eu conseguir entender.
Como foi bom estar lá, como me senti brilhar naquela mistura de luzes e cor. Como estava triste e aquilo me elevou ao meu estado mais puro de satisfação. Disse tudo o que o texto mandava, dramatizei como tu me havias dito que eu deveria dramatizar, projectei a minha voz até ao ultimo segundo, respirei e não foi pelo peito.
No fim de tudo chegou o vazio. O descer da cortina, a confusão de aplausos e os assobios, as pessoas de pé, o sorriso de todo o elenco, e tu.... Tu que não estavas lá.

sábado, 21 de novembro de 2009

Question of love.

Era uma noite de frio, chuva, já passava da uma e eu não conseguia dormir. Estava a pensar nele.
Que raio me deu agora? Apaizonar-me? Com 20 anos e a sentir borboletas no estomago? Ficar corada quando ele olha para mim? Desejar, secretamente com todas as minhas forças, que ele olhe para mim? Ai... Quem me dera estar abraçada a ele, ouvir a voz dele no meu ouvido e sentir a sua respiração no meu pescoço...
Mas para quê?
Para voltar a sofrer, para me magoar, mais uma vez?
Prefiro não lhe contar nada. Talvez ele nunca repare.
Afinal de contas ele já disse vezes suficientes coisas que me fazem pensar que nunca na vida ele vai olhar para mim. Onde é que eu estava com a cabeça?
Eu nunca devia ter deixado isto acontecer. Devia-me ter afastado quando achei que ele captava a minha atenção.
Agora já não há nada a fazer! Agora ele entra no café e eu sinto o perfume dele à distância e todo o meu batimento cardíaco se altera! Agora ele olha para mim e eu fico a espera das suas palavras como quem está perdido á espera de uma direcção! Não aguento não o ver... Parece que me falta o ar para respirar! Que estupidez! Isto não me devia acontecer.
Ele nunca vai querer nada comigo. Ele nunca vai olhar para mim como eu olho para ele!
Ele abraça-me, brinca comigo, dá-me mimos ... mas no fundo eu sei que sou só uma amiga.
Gostava de o ter aqui, apenas a passar-me a mão no cabelo, como ele faz por vezes sem se aperceber, mas eu sei que não posso, aquele amor pertence a outra pessoa.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Amanha.

Sou uma pessoa, que como tantas outras, passou por momentos "menos bons". Infelizmente com isso comecei a deixar tudo para "amanha". Tentava sempre enfrentar os meus problemas sempre no dia a seguir. Tentava sempre deixar para depois conversas que sei que iriam ter consequências graves. Evitava sempre encarar os meus medos e as pessoas que os haviam provocado. Mas o "amanha" nunca chegava. O amanha é sempre o dia a seguir ao presente. Hoje, depois de uma conversa já acompanhada por uns copos a mais... pensei assim: "Não, eu não quero amanha! Eu quero Hoje!"
Eu quero ser feliz hoje! Eu quero me divertir hoje! Eu quero encontrar pessoas divertidas hoje! Eu quero enfrentar hoje os meus medos! Eu quero ver e sentir hoje! Porque não interessa o que eu vou fazer amanha, interessa o que eu faço hoje!
A todos aqueles que esperavam me ver cair de novo num poço, temos pena, eu hoje encontrei uma escada, e afinal o poço tinha o fundo bem baixinho! Sou forte, e vou viver hoje!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

chega mas nunca acaba

Há coisas na vida às quais dizemos vezes sem conta "CHEGA" mas elas nunca acabam... Eu estou farta.

Eu quero mandar embora toda a dor que suporto no meu peito. Eu quero apagar todo o amor que (em vão) dediquei a todas estas pessoas que agora me fazem sentir tão desnecessária. Eu quero pegar na mochila e fingir que nada do que está aqui me importa! Eu quero que isto acabe! Quero deixar de cometer as mesmas loucuras pela mesma pessoa, quero deixar de sentir o meu mundo cair quando me vou embora sem saber se ele é meu, quero entrar em casa e passar horas em familia a rir, quero ter os meus amigos e os meus conhecidos, quero ter os meus sorrisos e gargalhadas, quero que a minha vida seja feita de coisas assim! Quero fazer teatro e fotografar, quero chorar só de alegria! Quero cumprimentar toda a gente sem segundos depois me virem dizer que essa pessoa é falsa porque fala mal de mim nas costas, quero deixar de sentir o peso do mundo que fazem questão de colocar nas minhas costas... Quero... Não te querer mais.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

ele

ele era especial e fazia-me sorrir. ele deitava-se ao meu lado e tudo parecia ter estagnado no tempo. olhavamo-nos olhos nos olhos e... nao havia palavras que podessemos trocar que nao fossem de carinho. sentia todas as mhas palavras controladas pra nao estragar aquilo. nos eramos amigos e tinhamos um passado comum, mas nada atrapalhava o nosso mundo. pensava eu, ate um dia...

terça-feira, 9 de junho de 2009

Toca-te!

Alguma vez tiveram aquela vontade de se virar para alguem: "Olha te ao espelho moço/a!"

De certeza que já vos aconteceu de ao abrirem o MSN, surgir um convite de um mail completamente desconchecido, mas que por até serem boas pessoas e o mail nao aparentar nada de mal, aceitaram adiciona-lo aos vossos contactos.
Aconteceu o mesmo comigo. Acontece que este mail se revelou ser um rapaz que a unica coisa que tem é exterior! Exterior mesmo! Acho que se lhe gritasse ao ouvido conseguia ouvir a minha voz em repeat dentro do seu espaço vazio!
É um daqueles rapazes que conversa furada que inicialmente até te parecem inteligentes e de boa conversa mas que derrepente querem tanto mostrar-te que sao inteligentes que as suas frases nao fazem qualquer sentido! Faz perguntas ridiculas que nao lembram ao diabo e inda tenta puxar por conversas de matéria académica! "FILHO EU PARA OUVIR/DISCUTIR TEORIAS OUÇO NA UNIVERSIDADE!" pelo amor de deus, quem é que às 4 da tarde te vem pedir opiniao sobre a influencia do poder politico na vida do ser humano? Enfim... até que a conversa atingiu outro patamar --'
"- és tao bonita. o que fazes para te manteres assim? vais muito ao ginasio? és modelo... que sorte, mas tb com esses labios e esse corpo..." (HELLO!!! EU SOU UMA RAPARIGA NORMAL!!!)
é que nao ha paciencia! digam-me, sou eu que estou errada? é normal um gajo vir ter com voces a tentar filosofar sobre a primeira vez no primeiro diz que vos adiciona no hi5?
enfim, cheguei a um ponto que lhe disse "oh moço, q tal tentares uma conversa basica normal de quem n se conhece? "
pois, ate agora parece que o moço nao percebeu! --' SALVEM-ME!
E agora encaixa-se aquela musica que eu achei que nunca na vida ia ter contexto mas "eu vou-te bloquear te excluir do meu orkut, EU VOU-TE BLOQEAR NO MSN!!"

quinta-feira, 26 de março de 2009

Desabafo de amor.


és completamente ridiculo.
Não suportas que gostem de ti. és o tipico rapaz que prefere uma gaja ue lhe dê com os pés do que uma mulher aos seus pés.
Pois digo-te, que no dia em que pensares em me querer e na falta que eu te faço, eu já vou ter esquecido a falta que tu me fazes e já vou ter quem me queira muito mais.
Porque a unica coisa que tu queres é ter me presa a ti como uma criança segura um balão. Agarra-o ao seu pulso, leva-o atrás mas só sente falta dele quando o vê ir longe no ar. Pode ser que também eu corte este fio que me prende a ti e tu me vejas ir bem para longe.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Tudo

E tudo que tu provocas em mim é uma depressão compulsiva. Um odio inexplicável. Os teus olhos não sabem dizer a verdade e a mentira encaixa-te na perfeição.
Tu és fraco, inútil e de tão pouca maturidade que até doi só de pensar nas tuas atitudes. És um rapaz tão banal que até hoje desconheço o encanto que me mantinha hipnotizada.
És ... és a raiva que o meu coração sente apertar e ao querer deitar para fora arranha-me os pulmões e eu choro por não te conseguir tirar de mim! És o barulho da rua que não pára de me roubar a atençao! És o frio que sinto nos pés, o calor insuportavel que me entra pela janela e a corrente de ar insuportavel que vem da janela da cozinha!
Estás em cada palavra de ódio e amor. Estás em cada grito mudo da minha alma. Estas nos meus pesadelos, nos meus sonhos e no meu dia-a-dia. Não me livro de ti nem por um segundo! És como uma doença, e sempre me disseram que não era em ti que ia encontrar a cura! Não sais, não deixas ninguém entrar. Não usas, nem abandonas! Não levas, mas também não deixas para que alguém possa levar!
Fica apenas a saudade do outro rapaz que tu eras quando te conheci. Fica apenas a desilusão de ter depositado em ti os meus sonhos! Fica a dor do abandono, do barco que partiu de um porto seguro!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Agora vejo o ridiculo que és.

Porque tu não passar de um rapaz mimado, ridiculo com a mania que tem tudo aos pés. Porque tu és falso, mentiroso, cínico e usaste-me ao mais alto nivel. Porque me dá nojo olhar para ti e saber que amo uma pessoa assim. E tu não prestas!
Fazes aquele jogo manso às miudas, aquele olhar de gajo porreiro aos gajos e achas que assim vais conquistar o mundo. Os teus 21 anos são apenas tempo que te passou ao lado. És tão infantil que nem estranhava que me mandasses um bilhete a dizer "Namora comigo. sim [] nao [] talvez []".
E o que mais odeio em ti, é que te amo. Com essa cara de puto que me irrita profundamente, com esse olhar magoado que só me apetece apertar-te contra o peito, com essa maneira de falar que me invade o cérebro quase que me hipnotizando. Fazes tantas asneiras que se fosses uma criança (ainda mais do que és) estavas sempre sem televisão, sem computador, sem ir para a casa dos amigos...
O teu peito feito. O teu nariz levantado. O teu corpo desejavel. Os teus labios perfeitos. O teu sorriso inocente e a tua mente preversa! As tuas t-shirts com corte em V e as tuas calças descaídas! O teu estilo "olha para mim e deseja-me" que tanto me irrita pela forma como me cativa!
Eu não era a tal?
Não era comigo que querias casar?
Não era eu a mulher que completava o teu ser?
Não era eu por quem ias sempre ser louco de paixão?
Secalhar é isso. Secalhar amas-me tanto que tens de ser ridiculo comigo. è por isso que não atendes telefonemas, nao respondes a mensagens, passas por mim e as desculpas são farrapos de vestir pobres. Vai daí é mesmo isso.
Patético. Cresce.
A barba não faz um homem. Um braço não faz a força. Um peito não faz um coração.
Odeio-te tanto, porque te amo.

domingo, 1 de março de 2009

Crepúsculo, a saga


Hoje não vou escrever muito. Vou só falar um bocadinho de algo que me tem feito pensar muito.
Hoje li mais umas páginas do terceiro livro da saga, Crepúsculo. O amor impossivel, a escolha obrigatória entre vida e morte, a escolha entre o amigo e o namorado "perfeito". Tem sido esta a minha companhia à varios dias.
Deparo-me várias vezes na pele da própria Bella Swan. O amor incondicional, louco, incosciente por Edward e o carinho, o afecto, e o amor, embora diferente, por Jacob.
A forma desesperada que ela descreve a saudade e a vontade de ter Edward sem qualquer obstaculo, e a tristeza com que ela descreve o facto de não poder sentir por Jacob o mesm0 que ele sente por ela.
A própria escolha entre o melhor amigo e o namorado que ela descreve é bem parecida com a posição em que eu já estive. Escolher entre duas pessoas que amamos tantos de forma diferente é no minino horrivel, se bem que na minha realidade nenhum deles era um vampiro ou um lobisomem.
Bem, vou voltar ao meu livro e esperar que a Stephenie Meyer me continue a fascinar e prender à sua história que tem feito parte do meu dia a dia, dos meus sonhos.
Quem ainda não leu aconselho.
Quem viu o filme e gostou, aconselho ainda mais.
Quem viu o filme e não gostou, o livro é sempre melhor.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Nada depois de tudo

Eu lembro-me perfeitamente, da primeira vez que te vi, a tua cara através daquelas portas, porque a minha parou de trabalhar. Lembro-me bem, tinhas o cabelo molhado e eu estava parada naquela loja quando o tempo parou de passar. Quero-te aqui esta noite. Porque eu não acredito que isto tenha acabado. Nada me vai fazer desistir.
Eu lembro-me perfeitamente, as viagens e as tempestades, para nos encontrar-mos onde o nosso amor navegava. Eu lembro-me perfeitamente de estar parada a tua frente e a tua boca... a tua boca... Quero-te aqui. Nada me consegue fazer desistir. Nada me deita a baixo, excepto tu meu amor.
Anda! Traz-me tudo que perdemos, para dentro desta confusão que eu so espero que a minha sanidade cubra todas as consequencias ao ponto de remover a dor do meu amor.
Vem, faz renascer! O batimento do meu coração, custa-me muito continuar, isto é amor, isto é obcessao!
Eu quero ouvir o que tens para me dizer, ouvir-te dizer que consegues viver sem mim! Eu lembro-me de todo o tempo que passamos juntos!
Eu quero ouvir o que tu queres! O que é que tu queres de mim?

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Eu hoje vi-o

Eu hoje vi-o.
Foi tão rapido que nem consegui ver a roupa que ele trazia vestida. Passo naquele sítio, onde sei que ele vai constantemente, vezes sem conta e olho sempre na esperança de o ver. Hoje aconteceu. Acho que estava de preto. Posso até jurar que se estava a rir ou talvez seja só o meu coração que só gosta de o recordar assim.
Estava de carro e aquela rua não facilita mudanças bruscas de velocidade ou que eu simplesmente satisfaça o meu capricho de parar o carro e ficar ali, do lado de fora daquele café a olhar para ele. Tive sem duvida uma enorme vontade de lá ir. De mais uma vez entrar, amarrar nele por um braço e dizer "meu menino, vamos conversar? acho que me deves uma explicação!" Mas porquê, se ele acabaria por me dar uma desculpa ridicula ao facto de não me atender o telemovel, nem responder às mensagens, e ao tocar-me o rosto eu ia cair que nem um pato? Porquê? Porque é que ele tem esse poder de me hipnotizar? Porque é que um beijo dele é como uma viagem daqui até a lua? E porque é que eu sou burra, otaria, anormal, estupida, cega, teimosa... ao ponto de não aceitar que ele foi falso comigo? Não! Eu não acredito! Aquilo não era falso! As lágrimas dele não eram de crocodilo! O sorriso dele não era amarelo! As suas palavras não eram frases feitas!
Ai, que confusão que se instala pelo simples facto de o ver! Que dor estupida que eu sinto no estomago e que me provoca suores frios e uma ansiedade, uma adernalina, digna de quem está prestes a atirar-se de uma ponte!
Eu quero-te esquecer! Eu não te quero amar! Eu quero uma vacina contra ti!




(Mas ... não adianta. )

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Ele e ela

Ela era a fragilidade dentro de uma armadura. Ele .... Ele é bem dificil de descrever. Ele tinha no olhar a inocencia de uma criança, o corpo de um homem, a alma de um apaixonado. Dava para ver do lado de fora a maneira como os dois se olhavam. Mais nada no mundo parecia existir. Era incrivel assistir aos movimentos dos dois quando estavam juntos, uma sintonia perfeita.
Vi-a no olhar daquele rapaz que ele a amava, que nunca deixaria que ninguém a magoasse. Podia até apostar que ele chorava por ela nos seus momentos mais frageis. Vi-a como o seu corpo encaixava no dela. Senti inveja de um amor assim.
Ela não era muito bonita, nem muito arranjada mas ele achava-a perfeita. Ouvi-os muitas vezes trocarem promessas de amor dotadas de sinceridade. Um anel. Prometeram casar-se. Ter filhos.
Sei bem que ele podia até já ter dito aquilo a todas as outras namoradas, mas com ela era real.
Imaginava a perfeição que eles eram na cama. Era-lhes impossivel esconderem as suas cares de felicidade quando saiam de casa dele, ou quando se agarravam mais fortemente. O desejo corria-lhes nas veias.
Ela, por sua vez, andava sempre ao seu redor, a sua mão era perfeita para encaixar na dele. A sua boca beijava-o sempre com o mesmo desejo e posso até jurar que toda a gente à sua volta ouvia o coração daquela rapariga bater mais forte. Ela tinha perdido a esperança de se apaixonar, ele mostrou-lhe que merecia a sua confiança.
Vi-os juntos durante algum tempo e todo esse tempo era de constante paixão. Lembro-me de um dia a ver saltar para o colo dele depois de uma discussão e as lagrimas a invadirem o rosto dos dois e o beijo... Tipico de novela.
Chegou um dia e eu nao os vi juntos. Vi a rapariga passar, bastante abatida, triste, deprimida. A ele nao o vi mais. Soube mais tarde que tinham acabado e que ele andava agora envolvido com uma daquelas miudas plastificadas da universidade. Ao que me diziam, ele nem sorria mais.
Sei que ela ainda sofre. Vejo-a muitas vezes por tras da sua armadura. Ela ainda chora por ele. Ela ainda sonha com ele. Ela ainda o deseja. Ela sabe que ninguém o substituirá.
Quanto ao que ele sente... eu já não posso falar. Ele já não me conta. Ele já não me mostra. E eu só posso falar dos meus sentimentos.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Um dia vais entender. (espero eu)

Para ti, cujo nome eu pretendo quardar sempre no lado esquerdo do peito.

Já diria Maria Rita que "nem toda a feiticeira é crocunda e nem toda a brasileira é bunda".
Um dia vais entender que nem toda a gente é compativel. Que nem toda a gente gosta das mesmas coisas, dos mesmos sabores, dos mesmos cheiros... Que nem toda a gente que se gosta se consegue amar. Que às vezes o amor fica simplesmente pela amizade. Que nem tudo funciona de verdade. Um dia acaba a graça e a novidade de estarmos juntos. O tempo corre, a rosa que tu me deste vai morrer.
Desculpa se as minhas palavras te magoam mas nao consigo seguir o caminho do fingimento que se calhar tu preferias. Eu sei o que isso é, gostamos tanto de alguém que aceitamos tar com essa pessoa mesmo que ela não queira tar conosco, nem que seja só por um minuto, para sermos usados. Dizemos olhos nos olhos "tu vais ver que gostas de mim! fica comigo... ". Pedimos que nos seja dada mais uma oportunidade de mostrar o quanto amamos alguém, e no fundo, talvez essa pessoa já esteja é farta do nosso amor.
Tu não, tu não mereces que eu me farte do que sentes por mim. Mereces sim o meu respeito. Sei que sabes bem o carinho que te tenho, e o quanto gosto de te abraçar contra mim, mas não dá. Para mim o amor é algo que vem naturalmente, não se força, não se cria, não se inventa. Eu dava tudo para gostar de ti como tu gostas de mim, sabes que já tentei mas o meu coração tem outras dores, outro amor.
Desejo te tanto que sejas feliz! Chego mesmo a desejar, por cima do meu ciume e egoismo, que encontres alguém que te mostre que eu não sou a tua boneca perfeita.
No fundo tudo o que desejo é nunca estragar a nossa amizade, e que entendas que a felicidade é feita de momentos, e a minha, ultimamente, é feita por momentos contigo.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

a fuga.


Isto hoje tem de ser uma "rapidez muito rapida".
Estou de saída. De partida. A minha fuga para o unico mundo que posso fingir ser MEU! O teatro, as luzes, o palco, as pessoas! Ai, o meu cantinho tão exposto.
Naquele palco posso ser eu mesma, ser como tu, ser como aquela que odeio e aquele que venero. No teatro posso falar da maneira que eu quiser, que me apetecer, que no fim não ouvirei ninguém a dizer : "Aquela é assim!"
No teatro o tempo é meu. O espaço, sou eu. A vida, eu dou. A luz envolve-se em mim e a melodia varia a meu favor. É o meu corpo e a minha voz que em movimentos livres e marcados te prendem os pés ao chão e te fazem voar pela imensidão.
Sou amadora e quero sempre ser. Pois amador é aquele que ama, e é por amor que eu piso palcos, que eu tenho ensaios demorados em dias ocupados, que eu dou corpo e alma a outro alguém que pode até já existir dentro de mim.
No teatro posso rir, chorar, saltar, dormir, amar, odiar, morrer e nascer. Posso... No teatro posso tudo! Que no final, há sempre a cortina e o aplauso do público.
Como diria um amigo meu, no teatro posso subir ao telhado e dizer "estou nú por baixo da roupa!"

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Geradores.


Desde miuda que a minha relação com os meus "geradores" foi bastante atribulada. Segundo a minha mãe, "berrei" os primeiros nove meses, segundo o meu pai, Braga não tinha ruas suficientes para ele percorrer até eu adormecer. A pouco e pouco fui crescendo naquilo que deveria ser o mimo exagerado do primeiro filho que ainda por cima era uma menina loira de olhos claros. Os meus tios chamavam-me nomes adequados à minha estrutura, nomes que ainda hoje permanecem (graças a Deus um pouco alterados).

Cresci assim, até aos meus 5 anos como a menina chorona, mimada, que tinha medo da prima mais velha e que cantava "Não há estrelas no céu" ao som do violão dos tios. Aos meus quase 6 anos eles decidiram introduzir na minha vida, no meu quarto, uma boneca. Uma boneca que para mim era feia, e estranha. Chorava de verdade e roubava agora o colo da Minha mãe e o ombro do Meu pai. Com tempo, com a birra de não querer ir ver aquela que era a minha irmã ao hospital porque estava a ver os PowerRanger, com a mudança de casa e a passagem para a escola comecei a não ligar tanto às tranças que a minha mae me deixara de fazer, aos passeios que o meu pai já nao me levava a dar, às barbies que apareciam sem cabeça porque... agora era tudo partilhado com a Filipa.

Mais tarde, perto dos meus 11 anos e já com plena aceitação de que tinha uma irmã mais nova, teimosa, venenosa e com cabelo à Santo Antonio, os meus pais decidem esquecer-se dos cuidados anti-crianças e apresentam-me o meu irmão. Era tão lindo, tão pequenino, tão fragil, tão precioso que não houve duvida que aquela sim era a idade de eu ter um irmão. Com o Pedro as coisas sempre foram diferentes, além de ser um rapaz, era mto mais facil lidar com ele. Não havia nada para partilhar com ele, com a perda de atençao e falta de mimo eu sempre soube bem lidar.

Estava então na idade mais ridicula do mundo, os 13 anos. Queria-me afirmar. Já sabia o que era o periodo, já pensava ser mulher. No entanto nao percebia (nem nunca hei de perceber) o olhar frio dos meus pais. A minha mãe sempre muito organizada, arrumada, fixada nas limpezas e arrumações profundas. O meu pai sempre muito distante, muito frio, muito severo, muito duro... Com o passar dos anos achei que isso ia mudar. Afinal eu estava a crescer! O meu pai sempre teve uma mão pesada, a minha mãe sempre fez muita pressão psicologica. Lembro-me de um dia, com os meus 16 anos, em pleno inverno, ter ido a um bar e sentir vergonha de tirar a camisola de gola alta por saber que tinha os braços marcadados da ultima discussao acesa com o meu pai. Olhei para o meu namorado na altura, um rapaz de quem gostei muito tempo e com quem felizmente ainda mantenho uma boa amizade, e disse-lhe: "eu caí... ainda me doi a cabeça, vou para casa". Soube perfeitamente que ele nao tinha acreditado.

Hoje tenho quase 20 anos e a frieza e a distancia com que sou tratada dentro de casa faz-me muitas vezes cair numa dor tao funda que eu ja nem sei explicar. Ontem a minha mãe levantou-me a mão e marcou-ma no meu pulso fino. Hoje, tenho que falar com ela como se fossemos as melhores amigas do mundo porque se não ela não vai parar de me perguntar: "Que é que se passou? andas sempre de trombas. vai trabalhar que ficas já mais contente".

Até quando devo aguentar isto? Até quando me vou sentir a morar de favor em casa de alguém e a comer numa mesa onde se trocam palavras tão secas que nem com a comida se engolem mais facilmente? Até quando vou olhar para os meus pais como simples geradores?

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Mais um

- Mais um blog Ana?
- Sim, mais um blog Filipa. (vamos tratar as pessoas pelo seu 'outro' nome. para não ferir ninguém.)

A Filipa é a minha irmã mais nova. Na prática talvez não, ainda há o nosso pequeno Pedro. Os três com cerca de 6 anos de diferença, e só Deus sabe a idade estupida pela qual eles andam a passar. A minha irmã não consegue perceber o meu gosto pela escrita, pelo inglês, pela noite, pelas pessoas, pelos movimentos urbanos. Ela é tão fechada, tão estudiosa, tão ... trapalhona e sem vida. Tentei-lhe explicar que criei este blog para não guardar mais nada do que penso mas sem precisar realmente de chegar olhos nos olhos a pessoas que gosto ou simples criaturas estupidas que habitam este mundo e dizer-lhes tudo que se passa. Ela (estupida) perguntou-me se não era mais basico, mais facil, mais util, falar directamente. (coitada, com 13 anos ainda nao sabe que as pessoas conseguem ser burras, crueis, ou simplesmente intrepretar mal aquilo que tens dentro do coração) Respondi-lhe então, como ela detesta que eu lhe responda, quando tiveres a minha idade anda-me dizer que dizes tudo na cara, que eu ai vou avaliar a tua situação fisica (depois de varios enxertos), a tua fama nesta bela cidade e a tua depressão.
Já tentei ser assim, levei com tanta merda na cara que agora sofro de problemas de pele. Tentei sempre pelo bem e pelo mal, ser sincera, magoava-me muito ao ver no olhar das pessoas que ser sincera magoava bem mais do que mentir. Sempre tive poucos amigos, tinha bastantes conhecidos e houve alturas em que esses conceitos se confundiram. Melhores amigos tive alguns, só um ficou, vai ficando. Ele está sempre aqui para mim e eu sempre aqui para ele. Não passo os meus dias todos colada a ele, ele tem uma vida própria que não é a mesma que a minha, senão eramos qualquer coisa do genero "namorado", não somos amigos. Se ao fim de estar 3 meses longe dele lhe ligar sei que ele me atende da mesma maneira que me atendeu sempre "Best, como estas?"
Há também a Bé, uma amiga relativamente recente mas que marcou enormemente a minha vida. A Bé, mora perto de mim o que facilita cafezinhos e comprinhas e saídinhas e coisinhas.
Enfim, não posso falar de toda a gente que conheço mas tenho plena noção de que são essas pessoas que me moldam para ser quem sou a cada dia, em cada atitude, em cada palavra.