quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Eu hoje vi-o

Eu hoje vi-o.
Foi tão rapido que nem consegui ver a roupa que ele trazia vestida. Passo naquele sítio, onde sei que ele vai constantemente, vezes sem conta e olho sempre na esperança de o ver. Hoje aconteceu. Acho que estava de preto. Posso até jurar que se estava a rir ou talvez seja só o meu coração que só gosta de o recordar assim.
Estava de carro e aquela rua não facilita mudanças bruscas de velocidade ou que eu simplesmente satisfaça o meu capricho de parar o carro e ficar ali, do lado de fora daquele café a olhar para ele. Tive sem duvida uma enorme vontade de lá ir. De mais uma vez entrar, amarrar nele por um braço e dizer "meu menino, vamos conversar? acho que me deves uma explicação!" Mas porquê, se ele acabaria por me dar uma desculpa ridicula ao facto de não me atender o telemovel, nem responder às mensagens, e ao tocar-me o rosto eu ia cair que nem um pato? Porquê? Porque é que ele tem esse poder de me hipnotizar? Porque é que um beijo dele é como uma viagem daqui até a lua? E porque é que eu sou burra, otaria, anormal, estupida, cega, teimosa... ao ponto de não aceitar que ele foi falso comigo? Não! Eu não acredito! Aquilo não era falso! As lágrimas dele não eram de crocodilo! O sorriso dele não era amarelo! As suas palavras não eram frases feitas!
Ai, que confusão que se instala pelo simples facto de o ver! Que dor estupida que eu sinto no estomago e que me provoca suores frios e uma ansiedade, uma adernalina, digna de quem está prestes a atirar-se de uma ponte!
Eu quero-te esquecer! Eu não te quero amar! Eu quero uma vacina contra ti!




(Mas ... não adianta. )

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