quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

a fuga.


Isto hoje tem de ser uma "rapidez muito rapida".
Estou de saída. De partida. A minha fuga para o unico mundo que posso fingir ser MEU! O teatro, as luzes, o palco, as pessoas! Ai, o meu cantinho tão exposto.
Naquele palco posso ser eu mesma, ser como tu, ser como aquela que odeio e aquele que venero. No teatro posso falar da maneira que eu quiser, que me apetecer, que no fim não ouvirei ninguém a dizer : "Aquela é assim!"
No teatro o tempo é meu. O espaço, sou eu. A vida, eu dou. A luz envolve-se em mim e a melodia varia a meu favor. É o meu corpo e a minha voz que em movimentos livres e marcados te prendem os pés ao chão e te fazem voar pela imensidão.
Sou amadora e quero sempre ser. Pois amador é aquele que ama, e é por amor que eu piso palcos, que eu tenho ensaios demorados em dias ocupados, que eu dou corpo e alma a outro alguém que pode até já existir dentro de mim.
No teatro posso rir, chorar, saltar, dormir, amar, odiar, morrer e nascer. Posso... No teatro posso tudo! Que no final, há sempre a cortina e o aplauso do público.
Como diria um amigo meu, no teatro posso subir ao telhado e dizer "estou nú por baixo da roupa!"

1 comentário:

  1. Como eu costumo dizer..." na escrita posso tudo..." , assim seja contigo no teatro...e é tao bom poder tudo.

    beijinhos

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